Autor: admin

Já apreciaram as Playlists do Spotify?

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Criei algumas Playlists no Spotify para mapear a minha musicalidade. São universos sonoros que dialogam e se relacionam com minhas composições e com a minha produção artística.

Em “Composições inspiradoras” trago os compositores que foram marcantes na minha formação musical e de gosto pessoal. Nessa Playlist, meus mestres inspiradores estão relacionados ao EP – Tri Modal. Cada uma das 5 músicas estão rodeadas das suas próprias inspirações. Como descobri muitas músicas, estou atualizando essa playlist a cada 15 dias para contemplar os mestres e deixar a sequência dinâmica e atual. Aprecie!!

A Playlist “Cosmos instrumental” foi criada e pensada para dialogar com o álbum “Caminhante do Céu Vermelho”, no aspecto místico, na interação com músicas instrumentais que se propõe a construir uma mesma proposta sonora mística, para relaxamento, concentração e meditação, imbuída da energia cósmica dos mitos, lendas milenares, diferentes crenças e sua relação com a natureza.

A canção “Lua em Libra” me inspirou a criar essa Playlist muito divertida, a “Os signos do zodíaco”. Todas as músicas selecionadas, de diferentes gêneros, versam sobre aspectos astrológicos em sua letra ou título. Aproveitei e incluí a canção “Lamento Dórico”, pois ela descreve com clareza a mente de um canceriano!

Em “Violão amazônico” selecionei algumas obras somente de violonistas que vivem na região da Amazônia legal, onde eu vivo atualmente.

A Playlist “Marcus Bonilla instrumental” reúne os álbuns “Dedilhando o Brasil” e o “Caminhante do Céu Vermelho” em uma nova sequência criada pelo Spotify. Apreciem sem moderação!!

Por fim, compartilho essa Playlist criada pelo próprio editorial do Spotify que vale a pena conferir!!

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Conheça o TRI MODAL!

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Terceiro álbum do violonista e compositor Marcus Bonilla, sendo esse o primeiro em que apresenta suas canções. São 5 (cinco) músicas que tratam de temas diversos, como a luta pela terra, pela educação e do impacto dos grandes empreendimentos energéticos para os povos ribeirinhos, assim como temas mais pessoais como de relacionamentos e de crises existenciais. Fruto de um afastamento de 10 anos dos grandes centros urbanos, esse trabalho foi criado e produzido na região do Bico do papagaio no norte do estado do Tocantins, e reflete as dificuldades de produções artísticas e de recursos em regiões afastadas.

A sonoridade do álbum é variada, não se prendendo a uma única proposta estética, apresentando pequenas subversões de padrões hegemônicos, seja no ritmo, em compassos irregulares ou no uso predominante de escalas modais, representando a resistência, seja do fazer artístico, da vida de migrante do autor, ou como referência a povos oprimidos.

Trata-se de um trabalho independente que, além de recursos próprios, contou com a participação de parceiros importantes, que compraram a ideia e deixaram suas contribuições precisas no trabalho, viabilizando sua produção. São eles: Airton Santos, Diêgo Babidi, Leandro L Andrade, Lindi Santana, Guilherme Miranda, José Jarbas Ruas, Wemerson Marinho, Thiago Bonilla e Nataniel da Vera Cruz Gonçalves Araújo.

Canções:

  1. Pelas Margaridas – Para a abertura do álbum, o autor se apresenta enquanto cantor, para denunciar a opressão para com as mulheres camponesas, e presta sua homenagem a luta e resistência dessas mulheres, numa referência à “Marcha das margaridas” Essa faixa tem a participação de Airton Santos na sanfona e Guilherme Miranda no Cajon. A sonoridade é única, com a melodia desenhada sobre o Modo Lídio em compassos compostos irregulares. (ouça)
  2. Junta com a Gente – Essa canção faz uma homenagem aos professores e a importância do ensinar a aprender e aprender a ensinar, assim como reforça o papel da educação para transformar realidades e contribuir na viabilização dos sonhos pessoais. Conta com a participação de Leandro L Andrade na bateria, Wemerson Marinho na flauta transversal e Diêgo Babidi  no contrabaixo, essa canção busca valorizar os instrumentos acústicos e os músicos que contribuíram.(ouça)
  3. O Rio – Essa canção faz um paralelo da trajetória de vida do autor com a trajetória do Rio Tocantins, e segue na denúncia dos impactos que as barragens causam no rio e na vida das pessoas que moram às suas margens, e dependem dele para sua sobrevivência. Contamos com a participação da Lindi Santana na viola em uma melodia em Modo Dórico.(ouça)
  4. Lua em Libra – Essa canção traz fragmentos de encontros e desencontros de uma história de amor, separada pelo rio Tocantins, com o uso de expressões regionais e peculiares. Contou com a contribuição da Leandro L Andrade na bateria, José Jarbas Ruas nas guitarras e Diêgo Babidi  no contrabaixo e traz uma pegada mais POP ao trabalho.(ouça)
  5. Lamento Dórico – Canção de caráter intimista com reflexões existenciais sobre a nossa insignificância nesse planeta. Com violões, viola caipira, cello e percussões realizadas pelo autor, a música possui um clima nostálgico sobre a sonoridade do modo dórico, contando com alterações de compassos ternário e quaternário.(ouça)
Confira no Spotify!!
Confira no Youtube!
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Vídeos e entrevistas!!

Aos poucos alguns registros audiovisuais vão aparecendo. Dentro do possível vou divulgando nesse post.

Primeiramente o canal no Youtube:

https://www.youtube.com/channel/UC-2J8WzJ7C4PMvWTiaMOk0w

Confira o Lançamento do EP Tri Modal no TalkToc com Eveliny Jácome!

Participação na reportagem na TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo no Tocantins sobre a viola de buriti.

https://globoplay.globo.com/v/9505424/

Documentário realizado em ação participativa com o quilombo Mumbuca para registro da Viola de Buriti como Patrimônio Imaterial Brasileiro pelo IPHAN.

A Viola de Buriti – Documentário

Produção de Helen Lopes do Guabiroba Sessions em 2018:

Interpretação de Vito Kuger e Camila Dos Santos de uma obra minha no 2vo. Festival Internacional de Cuerdas – Hohenau 2019 (Paraguai):

CONSTELAÇÃO

Também contribuí com a trilha sonora do documentário “Romana” de Helen Lopes:

ROMANA

Confira também trechos do Recital de formatura realizado em 1993 no Youtube

Encontros de Som e Arte

Esse projeto de extensão, vinculado a Proex da UFT e ao Programa de extensão “Laboratório de Etnomusicologia do Tocantins” trata-se de encontros virtuais entre artistas, professores, estudantes e mestres da cultura para a produção sonora e artística como forma de estímulo aos processos artísticos.

Melodia Sentimental, de Heitor Villa-Lobos foi a canção escolhida diretamente de Barcelona na Espanha, interagindo com o Tocantins, a convidada para esse encontro é a cantora Katia Gimenez , em mais uma etapa do projeto “Encontros de Som e Arte”. Em 15 de novembro de 2020.

Quem sabe isso quer dizer amor, música de Lô Borges e Márcio Borges, também conhecida na voz de Milton Nascimento no álbum Pietá de 2002. A convidada é a cantora e arte educadora Francine Lobo, em mais uma etapa do projeto “Encontros de Som e Arte”. em 17 agosto de 2020.

Diamond Land (Diamantina), faixa homônima do álbum do compositor mineiro Toninho Horta lançado em 1988 pela Polygram Records.
Essa versão é uma redução adaptada por José Jarbas​ para dois violões do arranjo de Daniel Wolff​ (1991) para três violões. Marcus Bonilla no Tocantins e José Jarbas Ruas no Rio de Janeiro formam duo para mais uma etapa do Projeto “Encontros de Som e Arte”. Esse projeto visa manter as produções artísticas sonoras ativas, como combustível pedagógico em tempo de pandemia por Covid-19. José Jarbas Ruas é violonista, arranjador e musicólogo. Professor de música do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFT, atualmente é doutorando em Música pela UFRJ. Em 30 maio 2020.

Diamantina

Trio de violões formado por Marcus Bonilla, Josione Silveira e José Jarbas Ruas, interpretando a obra Caranguejo Solar de minha autoria.

Josione Silveira é egresso da primeira turma do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFT, campus de Tocantinópolis (habilitação em artes e música) e o colega José Jarbas Ruas, musicólogo e doutorando em música pela UFRJ. Em 13 maio de 2020.

Caranguejo Solar

Duo de violões formado por Marcus Bonilla e José Jarbas Ruas, interpretando a obra “Água e Vinho” do compositor Egberto Gismonti. O convidado José Jarbas Ruas é violonista, arranjador e musicólogo. Professor de música do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFT e doutorando em Música pela UFRJ. Em 24/04/2020.

Água e Vinho

O som e o movimento foi a proposta artística com a atriz e bailarina da Cia Atores Contemporâneos Aninha Moraes @aninhamoraesc, colega do curso de Doutorado em Artes da UFPA. A obra interpretada chama-se “Constelação”, composição minha que faz parte do CD “Caminhante do Céu Vermelho“. Em 21/04/2020.

Constelação

O primeiro encontro é com o doutor em violoncelo pela Universidade de Luisiana (USA) e professor da UFPE Pedro Huff, em sua composição “Lilith” do CD Caminhante do Céu Vermelho. Em 19/04/2020.

Lilith

Como prévia do trabalho apresento alguns arranjos para violão solo. Este foi dos compositores Baden Powell e Vinícius de Moraes “Tristeza e Solidão” do álbum “Os Afro Sambas”. Em 15/04/2020.

Tristeza e Solidão

Para quebrar o gelo, a primeira apresentação do projeto é com a música “Joana Francesa” de Chico Buarque. Arranjo para violão solo de Marcus Bonilla. Em 10/04/2020.

Joana Francesa
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O álbum “Dedilhando o Brasil” está chegando aos seus 24 anos!!

No dia 2 de junho de 2000 no Teatro do SESC em Porto Alegre, eu estava lançando o meu primeiro CD Solo que intitulei como Dedilhando o Brasil, fruto de um projeto que foi selecionado pela lei de incentivo cultural do município de Porto Alegre, o FUMPROARTE e também contou com apoio da Lei Roanet de incentivo a cultura, através de aporte financeiro do Hotel Embaixador. Sem dúvida, este trabalho foi um divisor de águas dentro da minha carreira profissional.

Desde o dia 20 de agosto de 2020 o álbum foi disponibilizado em todas as plataformas digitais de música. https://ps.onerpm.com/2264812314

A produção musical foi de Daniel Wolff e contou com a participação de Raquel Alquati no violoncelo na faixa A Propósito. Teve produção geral de Inês Hübner e a gravação foi realizada por Thomas Dreher. A concepção gráfica foi de Marcelo Bonilla a partir de uma foto de Rejane Martins.

Vale destacar também que o Luthier Roberto Gomes me emprestou o violão modelo especial de 1999 para fazer as gravações, que foram realizadas no mês de janeiro de 2000, com um par casado de microfones Beyer Dinamic, no salão principal da Paróquia São Lucas em Porto Alegre, o que deu uma ambiência muito especial e natural nessas gravações.

Abaixo, apresento com exclusividade o material gráfico que foi produzido. Vale destacar que, já naquela época, houve a preocupação de fazer o encarte com papel RECICLADO E NÃO CLORADO, para diminuir o impacto ambiental.

Capa original do CD Dedilhando o Brasil – vista externa
Capa original do CD Dedilhando o Brasil – vista interna
Encarte interno do CD Dedilhando o Brasil – vista externa
Encarte interno do CD Dedilhando o Brasil – vista interna, com a numeração da antiga GRU
Arte da “bolacha” do CD

A seguir o material que foi produzido para o recital de lançamento no Teatro do SESC em Porto Alegre:

folder de divulgação do lançamento do CD
visão da arte em 3D frontal
foto do projeto do CD em 3D com suas 3 peças
Confira no Spotify
Confira no Youtube!

Confira algumas fotos desse momento.

Foto de Flávio Dutra – dia do lançamento
Foto: Flávio Dutra – dia do lançamento
Com Rachel Alquati. Foto: Flávio Dutra – dia do lançamento
Foto: Flávio Dutra
Prêmio Açorianos de música. Evento ocorrido no dia 25 de março de 2001. Foto: Rosane Scherer
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Tutorial montagem de estúdio

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Devido ao grande número de acesso a esse tutorial postado no site anterior, transcrevo para apreciação aqui a atualização deste post de 2004.

Isolamento acústico do Estúdio

O isolamento acústico é a etapa mais delicada da construção de um estúdio. Vou mostrar a seguir como foi feito esse isolamento na antiga Gyrasom Áudio Produções, empresa que criei a fez parte da minha trajetória profissional na cidade de Porto Alegre (RS).

O Projeto

Tratava-se de uma sala comercial em andar térreo e fundos, o que nos favoreceu em uma série de fatores. Optei pela construção de uma sala “in box” (uma sala dentro da outra). Como o foco principal do estúdio era a captação de instrumentos acústicos como o violão, flauta, sopros e cordas, foi escolhido a madeira como material principal para as paredes internas, por acreditar e entender que sua sonoridade fosse mais adequada ao propósito principal. O projeto levou em conta o melhor aproveitamento da área disponível no local, aliada às proporções ideais de uma sala de gravação. As paredes externas, o piso e o teto que existem no local foram mantidos e tomados como referência e foi construído uma outra sala dentro dessa como narro a seguir:

As dimensões disponíveis no local eram de: 4,5 m de comprimento por 2,9 m de largura e 2.9 m de altura. Depois de calcular os vãos necessários para o melhor isolamento e os nódulos de frequência, optou-se por rebaixar o teto para obter um resultado acústico melhor.

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Na planta baixa acima, as linhas em preto são as paredes existentes no local, o traçado em vermelho é a sala construída em MDF. Durante a execução do projeto foram alteradas algumas coisas como a abertura das portas que ficaram para dentro, e o traçado de algumas paredes foram alteradas, mas não muito diferente do desenho.

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A sala original, antes da construção do estúdio.

Foi necessário fazer um tratamento nas paredes e no piso contra a umidade antes de começar o isolamento propriamente dito.

O Piso

Foi feito uma estrutura com caibros de cedrinho 5X5 cm sobre borracha EVA de 15mm de espessura. O espaçamento entre os caibros foi de 60 cm, preenchidos com mantas de lã de vidro de 2 polegadas e por forração que já existia no local. Sobre essa estrutura foi colocado o piso (Placas inteiras de MDF de 20mm).

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Detalhes da montagem do piso

As Paredes:

Foram feitas com MDF de 20 mm alternadas com compensado naval de 20 mm também. Elas distam aproximadamente 10 cm da parede original e estão apoiadas numa estrutura de caibros de 5X5. O espaço que fica entre as paredes foi preenchido com mantas de lã de vidro de 2 polegadas. A estrutura que apoia no chão está sobre borracha EVA de 15 mm.

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O Teto

O teto do estúdio foi feito com duas placas de MDF de 15 mm coladas a guias de 2,5 X 10 cm, apoiadas sobre as paredes internas. Não existe nenhum tipo de contato com o teto externo nem com as paredes externas ficando a uma distância de aproximadamente 40 cm do teto original. Sobre ele foi colocado mantas de lã de vidro de 2 polegadas.

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Vista do vão entre o teto original e do construído para o estúdio, com preenchimento da lã de vidro.

As Portas

Sem dúvida a parte mais trabalhosa do projeto. Alguma falha nessa etapa, e todo o resto não faria efeito algum. Foram feitas com uma chapa de compensado naval de 20 mm, uma manta de lã de vidro de 2 polegadas e outra chapa de MDF de 15 mm. A união da estrutura foi com guias de madeira de 2,5X 5 cm. Para os acabamentos laterais usou-se MDF de 6 mm preenchido com poliuretano expandido. A tranca ficou por conta do atrito do revestimento em feltro. A espessura total da porta foi de 9 cm. Para facilitar o fechamento, os cantos da porta tiveram uma inclinação de 45°.

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O Aquário
Mede 70 X 90 cm e foi feito com um vidro de 8 mm e outro de 6 mm afastados um do outro de 15 a 20 cm (existe uma pequena inclinação em um dos lados). Ambos foram colocados em batentes individuais de madeira e isolados com silicone. Já existia no local uma parede de gesso de 10cm de espessura que separa a técnica da sala de gravação. Um dos vidros foi colocado nessa parede e o outro na parede nova de compensado naval de 20mm.

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O Isolamento Final

Todas as frestas entre as placas foram preenchidas com Poliuretano expandido ou silicone, dependendo do tamanho do vão.

O Tratamento acústico:

Depois de todo o isolamento pronto, a sala começou a ser testada para a correção acústica. Foram usados difusores em V* para as médias e altas freqüência e 3 bass trap** de canto para a absorção dos graves indesejáveis. Com o tempo troquei os difusores em V* por outro difusor quadriculado, por ocupar menos espaço.

O resultado do isolamento foi bastante satisfatório. Da sala de gravação para a técnica, foi medido uma atenuação de volume em média de – 47db. Já da sala de gravação para a rua, devido a um espaçamento maior e uma parede extra que foi necessária, foi medido uma atenuação em média de – 65 db. Um resultado bem eficiente para essa técnica de isolamento e tamanho de estúdio.

* Os difusores em V foram feitos com placas de MDF de 6mm. Cada placa tinha aproximadamente 1,2 m por 0,30 m a uma inclinação de 45º cada, formando um painel de 1,20 X 1,20m colocado no centro de uma das paredes. Infelizmente Não fiz o registro fotográfico dessa peça.

** Bass Trap são “armadilhas para os graves” . Essas armadilhas foram feitas fechando os cantos das pareces da sala com mantas de lã de vidro cobertas por uma chapa de compensado de 6mm.

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